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CICC: Um Novo Horizonte para Investimentos em Startups no Brasil

O cenário de startups no Brasil recebe uma inovação significativa com a introdução do Contrato de Investimento Conversível em Capital Social (CICC). Este modelo, aprovado recentemente pelo Senado Federal através do Projeto de Lei Complementar 252/2023, promete transformar as dinâmicas de financiamento no ecossistema de empreendedorismo inovador. Inspirado pelo modelo norte-americano conhecido como SAFE (Simple Agreement for Future Equity), o CICC foi desenhado para oferecer uma alternativa mais flexível e menos onerosa em comparação com os tradicionais contratos de mútuo conversível.

O CICC é essencialmente um acordo pelo qual o investidor fornece recursos a uma startup, com a previsão de que esses recursos possam ser convertidos em participação societária futura, dependendo da ocorrência de certos eventos pré-definidos no contrato. Uma das grandes vantagens desse modelo é que ele não classifica o dinheiro investido como uma dívida da empresa, o que alivia o balanço patrimonial da startup e facilita suas operações financeiras. Além disso, ao contrário de um empréstimo convencional, o CICC não acumula juros, e a conversão em participação societária não é automática, dependendo de condições específicas que devem ser cumpridas.

Uma das características mais inovadoras do CICC é sua flexibilidade. Ele permite que as condições de conversão sejam amplamente negociadas e adaptadas às necessidades tanto dos investidores quanto das startups. Isso é crucial, especialmente em um ambiente de negócios que está constantemente mudando devido a inovações tecnológicas. Outro ponto relevante é a segurança jurídica que o CICC oferece, delineando claramente os direitos e obrigações de ambas as partes, o que reduz o potencial para disputas futuras.

Para as startups, o uso do CICC pode significar acesso mais fácil a capital de risco, sem a pressão de adicionar dívidas imediatas ao seu balanço. Para os investidores, oferece a possibilidade de participar do crescimento e sucesso de startups inovadoras com um risco potencialmente menor, já que não estão imediatamente assumindo uma posição de sócios com direitos administrativos.

O CICC também representa um passo importante para a internacionalização das startups brasileiras. Ao alinhar as práticas de investimento com padrões globais, o Brasil se torna um campo mais atrativo para investidores estrangeiros, que podem se sentir mais confiantes ao colocar seu capital em negócios brasileiros inovadores. Em suma, o CICC não apenas simplifica o processo de investimento em startups, mas também fortalece todo o ecossistema de empreendedorismo, promovendo mais inovação e competitividade em um mercado global.

Por: Isanex

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