As gestoras de venture capital Invisto, de Florianópolis (SC), e Quartzo Capital, de Curitiba (PR), anunciaram nesta semana a fusão de suas operações, dando origem a uma estrutura que passa a gerir um portfólio conjunto de R$ 600 milhões, com investimentos em cerca de 70 startups. A informação foi publicada pelo Brazil Journal.
A estratégia da nova gestora – que seguirá sob o nome Quartzo – será baseada no modelo venture builder, no qual os investidores participam ativamente da estruturação e gestão das startups, contribuindo para o desenvolvimento operacional e de mercado. O foco geográfico principal segue sendo a região Sul e o Espírito Santo, com possibilidade de investimentos pontuais em outras regiões.
Segundo a matéria, o comando da área de venture capital ficará com Marcelo Wolowski, fundador da Invisto, que ao longo dos últimos anos defendeu uma gestão mais disciplinada, com foco em resultados concretos e avaliações realistas. Marcel Malczewski, fundador da Quartzo, continuará à frente dos demais negócios da gestora, como as operações em fundos multimercados, imobiliários, de crédito e investment banking.
Além de consolidar operações, o grupo planeja captar US$ 100 milhões em um novo fundo até 2026. Cerca de US$ 15 milhões já foram comprometidos, e os primeiros aportes estão previstos assim que atingirem US$ 20 milhões em capital inicial. Entre os investidores-alvo estão fundos de pensão, bancos regionais e agências de fomento estaduais.
A Invisto ficou conhecida por atuar de forma consistente no ecossistema do Sul do país, com aportes em empresas como CashWay (Florianópolis), que recebeu US$ 3 milhões em 2021; Ottimizza (Joinville), com R$ 4 milhões em 2022; e Sonica (Blumenau), que captou R$ 2 milhões em 2023. Entre os cases de saída de investimento (exits), estão a Equilibrium (log tech fundada em Florianópolis e vendida para o Grupo Boticário) e a Axado (vendida para o Mercado Livre em 2016, quando a gestora ainda se chamava BZPlan). No Rio Grande do Sul, a gestora também liderou rodada de R$ 10 milhões na CTA Smart em 2024.
Para o ecossistema do Sul do país, a união representa um reforço importante no acesso a capital e apoio especializado, fortalecendo a rede de inovação local e ampliando as possibilidades de crescimento para startups da região.