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Startup dobra valuation em dois meses e transforma brasileira em bilionária

A Kalshi anunciou nesta terça-feira (2) que levantou US$ 1 bilhão a um valuation de US$ 11 bilhões, na terceira rodada de capital do ano

A alta no interesse por mercados de previsão ajudou a Kalshi, uma das maiores empresas do setor, a levantar recursos neste outono a um valuation de US$ 5 bilhões.

Menos de dois meses depois, a empresa voltou ao mercado, captou mais e mais que dobrou seu valor.

A Kalshi anunciou nesta terça-feira (2) que levantou US$ 1 bilhão a um valuation de US$ 11 bilhões, na terceira rodada de capital do ano. A operação foi liderada pela gestora Paradigm, já investidora da companhia, e contou ainda com Sequoia Capital, Andreessen Horowitz, Meritech Capital, IVP, ARK Invest, Anthos Capital, CapitalG e Y Combinator.

“Estamos em um mercado enorme, com uma oportunidade enorme”, disse Tarek Mansour, cofundador e CEO, em entrevista. “Precisamos ganhar escala para alcançar essa oportunidade.”

O movimento reforça que mercados de previsão — plataformas que permitem apostas sobre eleições, Oscars e outros eventos — viraram um grande negócio. As cinco maiores plataformas somam bilhões de dólares em volume semanal de negociação, segundo a Dune.

O valuation da nova rodada transformou Mansour e a cofundadora Luana Lopes Lara em bilionários. Pelo menos no papel. Ambos detêm entre 20% e 25% da empresa, segundo uma pessoa a par da estrutura acionária que não estava autorizada a falar publicamente.

A Kalshi cresceu de forma acelerada no último ano, especialmente depois de passar a oferecer apostas esportivas complexas conhecidas como parlays. Hoje, grande parte da atividade na plataforma está concentrada em esportes, afirmou Rajiv Sethi, professor do Barnard College especializado em mercados de previsão.

A empresa movimentou cerca de US$ 5,8 bilhões em novembro, um recorde, avanço de 32% sobre outubro, segundo o The Block, que cobre a indústria de ativos digitais.

“É uma das empresas que mais crescem que já vimos”, disse Matt Huang, cofundador e sócio da Paradigm, em entrevista.

Mansour afirmou que o novo aporte permitirá ampliar a oferta de produtos e a atuação internacional. A empresa também busca firmar acordos de distribuição com instituições como corretoras, que permitam negociar seus contratos com a mesma facilidade de ações.

A Kalshi também avança em outras frentes. Deve anunciar em breve, por exemplo, uma parceria com a CNN, segundo uma pessoa a par das negociações que não estava autorizada a comentar o tema. A empresa não se pronunciou. A CNN também não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

Para a Kalshi e seus investidores, há espaço para mais expansão. Huang sugeriu que alguns usuários podem usar apostas na plataforma como formas de hedge contra riscos como clima. Elas também poderiam ajudar a compensar perdas em caso de shutdown federal, disse Ryan Frazier, CEO da Arrived, plataforma de investimentos imobiliários.

Outros veem esse cenário como improvável. Mercados de previsão “não são um ambiente sério para hedge”, com a maioria dos usuários focados apenas em apostar em diferentes eventos, disse Sethi.

Apesar do avanço da Kalshi, a empresa enfrenta forte concorrência da rival Polymarket, que recentemente recebeu autorização para operar nos EUA. As duas travam uma espécie de corrida armamentista por capital. Na mesma semana de outubro, a Kalshi anunciou uma rodada de US$ 300 milhões e a Polymarket revelou ter garantido um investimento potencialmente bilionário do controlador da Bolsa de Nova York.

O sucesso das duas plataformas — especialmente no segmento esportivo — pressionou o modelo de negócios de casas de apostas tradicionais como DraftKings e FanDuel. As duas agora tentam entrar no mercado de previsões.

E os mercados de previsão enfrentam crescente pressão regulatória de autoridades estaduais que afirmam ter jurisdição sobre apostas esportivas nessas plataformas e direito a parte dessa receita. A Kalshi sofreu um revés jurídico na semana passada quando um juiz federal decidiu que a empresa está sujeita às regras de jogos de Nevada, ponto que a companhia contesta.

Mansour afirmou que os impactos da decisão — que a empresa pretende recorrer — ainda não estão claros. “É cedo”, disse.

Fonte: InfoMoney25
Por: Michael J. de la Merced

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