Isanex Logo
Startup Summit: 3.000 startups se reúnem em evento em Santa Catarina

Tecnologia movimenta R$ 754 bilhões no Brasil; veja o ranking dos Estados e uma surpresa do Nordeste

FLORIANÓPOLIS (SC)* — Vem da tecnologia a aposta de muitos Estados para conseguir chacoalhar suas vocações econômicas. Algumas regiões já têm braços de inovação bem consolidados, como Santa Catarina e Pernambuco, por exemplo. Outras, já avançaram bastante na discussão, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.

Parte dessa aposta está no fato de ser um setor em crescimento. Mesmo num ano desafiador para a indústria e para o varejo, como foi 2023, o setor de tecnologia cresceu 5,2% em 2023, na relação com 2022. O faturamento do setor atingiu 754,9 bilhões de reais ano passado no Brasil, de acordo com levantamento do Observatório ACATE, a Associação Catarinense de Tecnologia.

Os três Estados que mais se destacaram em 2023 em relação ao crescimento de receita foram:

  • Ceará (crescimento de 7,8%)
  • Santa Catarina (crescimento de 7,6%)
  • Paraná (crescimento de 5,5%).

Os dados foram divulgados pela Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) nesta quarta-feira no Startup Summit, festival de tecnologia que a EXAME acompanha em Florianópolis (SC).

O levantamento faz parte do projeto Observatório ACATE, conta com dados coletados pela Neoway diretamente com startups, relatórios de marcados, sistemas da Receita Federal e informações extraídas de fontes públicas, e traz um panorama do segmento tecnológico de todo o Brasil.

Na sequência no ranking de crescimento estão:

  • Pernambuco, com crescimento de 4,84%,
  • Distrito Federal, com crescimento de 4,78%
  • Minas Gerais, com crescimento de 4,54%
  • Rio de Janeiro, com crescimento de 3,67%
  • Rio Grande do Sul, com crescimento de 2,83%

No último ano, o Ceará recebeu investimentos fortes em inovação, com abertura de novos data centers e centros de tecnologia. Além disso, o Estado já tem um consolidado hub de inovação, com agentes como o Iracema Digital e a comunidade Rapadura Valley.

Participação no PIB

A ampliação do faturamento reflete também na participação da tecnologia no PIB dos Estados. Em São Paulo, por exemplo, onde há a maior quantidade de empresas, o setor de tecnologia já representa 11% do PIB. Já o Amazonas atingiu 15,4%, com forte influência da Zona Franca de Manaus e os benefícios fiscais de décadas para que empresas direcionem indústrias na região.

Cenário de Santa Catarina

Com um faturamento de 38 bilhões de reais em 2023, o setor de tecnologia catarinense teve um crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior.

O estado possui 27.600 empresas no setor e foi eleito o segundo mais inovador do Brasil pelo Ranking IBID de Inovação e Desenvolvimento divulgado neste ano, atrás apenas de São Paulo.

“Em 1986 existiam cerca de 100 empresas de tecnologia em Santa Catarina, e hoje os dados comprovam que Santa Catarina é o terceiro estado do Brasil com maior número de companhias em relação ao número de habitantes, atrás apenas de São Paulo e do Distrito Federal”, diz o presidente da ACATE, Diego Brites Ramos. “O crescimento é exponencial e ampliar a representatividade no PIB é um dos grandes objetivos, visto que somos um estado de muita diversidade na economia com indústria, agronegócio e serviços fortes”.

Quantidade de empresas

Em nível nacional, São Paulo segue liderando com folga o ranking de estado com mais empresas de tecnologia: são 223.000. Em 2022, eram 194.000. O Rio de Janeiro ocupa a segunda posição, com 54.000 empresas e faturamento de 64,9 bilhões de reais.

Fonte: exame
Por: Daniel Giussani

Veja mais

SUDENE usa fundo de R$ 44 bilhões para atrair empresas de TI e datacenters ao Nordeste

Fundo da Apex investe na startup Turbi em rodada de R$ 45 milhões

Como Realizar uma Análise de Mercado e Concorrência Eficiente

Bradesco adquire duas empresas de tecnologia; confira

Unico chega ao primeiro lucro e recruta executivos da Cielo e do Itaú BBA

Passo a Passo para Criar um Plano de Negócios Completo

Startups de venda de material de construção anunciam fusão

Após largar mercado secundário, Carta se prepara para downround

Monetizar um produto ou serviço de forma eficaz é um desafio para muitas startups