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Ecossistema brasileiro de startups levanta R$ 13,9 bilhões em um ano

O estudo Ecossistema 2024, da Liga Ventures, aponta que, no ano passado, as startups realizaram 366 deals, que movimentaram R$ 13,9 bilhões, montante 50% superior ao registrado em 2023 (R$ 9,3 bilhões).

Com relação às categorias que mais captaram em 2024, temos as fintechs em primeiro lugar (38%), seguidas pelas energytechs (23%), proptechs (17%), retailtechs (12%) e agtechs (11%). O quarto trimestre se destacou como o intervalo com maior quantia em aportes (R$ 5 bilhões), enquanto o terceiro registrou o menor valor no ano (R$ 2,2 bilhões). Já com relação aos M&As ocorridos no período, o levantamento aponta que houve 132, 124% a mais do que em 2023.

O estudo aponta ainda que as verticais com mais startups ativas no ano foram fintechs (874), agtechs (827), healthtechs (593), foodtechs (483), retailtechs (470), edtechs (434) e martechs (429). Em relação ao total de startups fundadas entre 2020 e 2024, em primeiro lugar temos as fintechs (13%), seguidas pelas agtechs (12%), healthtechs (9%), retailtechs (6%), e martechs (5%).

O levantamento mostra também que 741 das startups analisadas aplicam inteligência artificial em suas soluções, sendo que as categorias que mais utilizam a tecnologias são as healthtechs (16%), agtechs (16%), retailtechs (14%), martechs (13%) e fintechs (10%). Do total aportado nas startups, R$ 5,8 bilhões, o que corresponde a 42%, foram investidos naquelas que utilizam ou fornecem soluções de IA, evidenciando a crescente relevância e demanda dessa tecnologia para inovação e competitividade no mercado.

“O ano de 2024 surpreendeu com um crescimento relevante nas transações com startups em relação a 2023. Os resultados do último ano trazem duas mensagens importantes: o aumento do interesse dos investidores estrangeiros no Brasil e um movimento de consolidação de mercado.

O crescimento de 50% no montante investido foi puxado principalmente pelo investimento em startups mais maduras, que captaram acima de R$ 100 milhões, todas elas envolvendo
VCs internacionais. Outro sinal de consolidação é o crescimento no número de aquisições de startups, que foi mais que o dobro do ano anterior. Apesar de ainda vivermos um período de turbulência e incertezas macroeconômicas, o ecossistema está colhendo frutos do amadurecimento da última década”, analisa Daniel Grossi, cofundador da Liga Ventures.

O estudo traz também os estados com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está São Paulo (49%), seguido de Santa Catarina (9%),  Minas Gerais (9%), Paraná (8%), Rio de Janeiro (7%), Rio Grande do Sul (6%), Espírito Santo (2%), Distrito Federal (2%), Pernambuco (2%), Ceará (1%) e Bahia (1%).

Sobre os tamanhos das equipes das startups, 29% possuem até cinco funcionários, 26% de seis a 15, 26% de 16 a 50, 9% de 51 a 100, e 11% têm mais de 100. Além disso, relativo às categorias que mais empregam, temos as fintechs em primeiro lugar, com uma média de 104 funcionários por startup, seguido das startups de serviços recorrentes B2C (181), foodtechs (96), logtechs (132) e retailtechs (82).

Outro dado interessante se refere à análise da maturidade das startups, onde 38% são emergentes, 25% estão estáveis, 21% são nascentes e 16% delas disruptores. Com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se Data Analytics (25%); API (18%); Banco de Dados (14%), IA (13%) e Dashboard (13%). Já referente ao público-alvo, o estudo mostra que 58% das startups têm como foco o mercado B2B, 26% o mercado B2C, e 16% outros mercados.

Para realizar o estudo foram utilizados dados da ferramenta Startup Scanner, plataforma criada pela Liga Ventures que identifica e acompanha dados de startups do Brasil e América Latina para que grandes empresas, pesquisadores e empreendedores possam entender as movimentações do mercado e encontrar oportunidades de negócios sinérgicos à sua atuação.

Fonte: tiinside
Por:
Redação

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